Redes sociais podem acabar com amizades reais

Desrespeito e insultos online estão acabando com amizades, à medida que as pessoas estão ficando mais rudes nas mídias sociais, de acordo com uma pesquisa anunciada ontem. A pesquisa mostra que dois em cada cinco usuários cortaram relações após uma briga virtual.

Assim como o uso das mídias sociais cresceu, a falta de civilidade também aumentou, com 78% de 2.698 pessoas entrevistadas tendo relatado um aumento das grosserias na internet. As pessoas não hesitam em ser menos educadas online do que ao vivo, segundo o levantamento. Uma em cada cinco pessoas reduziu seu contato pessoal com alguém que conhece na vida real depois de uma briga pela internet.

Joseph Grenny, copresidente da empresa de treinamento corporativo VitalSmarts, que conduziu a pesquisa, disse que as brigas online muitas vezes se tornam brigas na vida real, com 19% das pessoas bloqueando ou cancelando amizades com alguém após uma discussão virtual. “O mundo mudou e uma parte importante das relações acontece online, mas os modos ainda não acompanharam a tecnologia.”

Dados do Pew Research Center mostram que 67% dos adultos conectados à internet nos Estados Unidos usam sites de redes sociais, dos quais o Facebook é o mais popular, enquanto os últimos números mostram que mais da metade da população britânica tem conta no Facebook.

A pesquisa acontece após uma série de desentendimentos pela internet envolvendo personalidades, que atraíram grande atenção da mídia. O jogador de futebol britânico Joey Barton, do Olympique de Marseille, por exemplo, foi convocado pelo comitê de ética da federação francesa após chamar o zagueiro brasileiro Thiago Silva, do Paris St. Germain, de “travesti acima do peso” no Twitter.

Grenny disse que os entrevistados tinham suas próprias histórias, como uma família que não se fala há dois anos porque um homem publicou na Internet uma foto embaraçosa de sua irmã e recusou-se a removê-la. Em vez disso, espalhou a foto para todos os seus contatos.

As tensões nos locais de trabalho também foram transferidas para conversas via internet, nas quais funcionários falam de forma negativa de um companheiro.

*Jornal Estadão.

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